MEMORIAL MULTIMÍDIA
Estamos nos anos 70, mais precisamente na data 29.08.1976 eis que nasceu um belo garoto negro de olhos castanhos e com 2,480kg e 0,45m, registrado com o nome de Alex de Barros Paim. Na relação sexuada é necessária a fecundação do ovo ou zigoto pelo espermatozóide e, portanto, é imprescindível as figuras do macho e da fêmea. Caro leitor, você deve está se perguntando o porquê desta aula de Biologia, não é mesmo? Porém, a justificativa é para informar os nomes dos responsáveis pelo meu nascimento, a saber: Jacinto Amorim Chagas Paim e Tânia Maria de Barros. A minha família veio a se completar quatro anos após o meu nascimento com a vinda do meu querido irmão Ivonaldo de Barros Paim.
Como todos os pais que se prezam, os meus ficaram orgulhosíssimos com a nova habilidade do filhinho aqui, claro que, com o passar do tempo, o sentimento de orgulho foi, paulatinamente, substituído pela preocupação. Como assim? Explico-lhe: A arrumação dos móveis teve que ser adaptada às minhas necessidades de espaço; nenhum objeto de valor poderia estar ao alcance da “pequena máquina destruidora” de então; necessário cuidado redobrado com os objetos que pudesse causar algum dano ao novo pedestre da família, entre outros transtornos.
O tempo foi passando e, com ele, as obrigações chegando, digo: é hora da escola. Engraçado, da escola me lembro como se fosse hoje. O nome era Parque Infantil Babylândia, localizada na rua principal do bairro Castelo Branco. O portão era amarelo, com três degraus que o antecediam. A primeira visão que tínhamos era um jardim na lateral onde ficávamos no recreio. A sala era espaçosa e decorada com vários desenhos na parede, resumindo: era muito bonita e eu me sentia muito feliz. Foi na Babylândia que meus contatos ampliaram, pois, além dos meus primos, conheci Alex Bandeira, Patrícia, Débora e muitos outros coleguinhas. Existem dois fatos marcantes dessa época: o primeiro era o momento de me arrumar para a escola, tarefa realizada por minha tia Renilda. Após 10 minutos de esfrega-esfrega no chuveiro, seguida pela fase do embranquecimento via talco, passando pela trágica colocação do short acima do umbigo, camiseta por dentro do short, do saudoso K’CHUTE, finalizando com a fase do perfume, este colocado em quase todas as partes do meu esquelético corpo. Entretanto, saliento que não era maldade da minha tia Renilda, é o jeito dela mesmo. O segundo momento marcante foi a minha formatura, fato que para mim, na época, foi mais uma festa com direito a fotografias, carinhos dos meus familiares, da professora Marilda e dos coleguinhas. Entretanto, a formatura foi um ritual de passagem e transformação, pois mudei de escola, de professora, de coleguinhas... Significou uma fase de adaptação.
A vida é cheia de desafios e, como tal, só sobrevive que tem força, garra, perspicácia e, muito apoio familiar. Realmente, precisei desses atributos para me adaptar a uma mudança ainda maior do que mudar de colégio: mudar de bairro. Após sete anos de vida morando no bairro de Castelo Branco, com todas as relações vinculadas ao mesmo, fui obrigado a morar no bairro de Vista Alegre. Tudo novo, desde colegas à namorada (ou estava pensando que eu era quietinho?). No início, a adaptação não foi fácil, porém fui me acostumando e acabei amando a mudança de ares. Com relação a escola fui estudar no Educandário Senhora de Guadalupe, simplesmente o melhor colégio do subúrbio ferroviário de Salvador, exatamente localizado no bairro de Periperi. No Guadalupe estudei da 2ª a 8ª série, fato que concede ao Guadalupe a base de minha educação. Durante esse longo período tive a honra de estudar com alguns ícones da educação, tais como Raimundo Nonato, Educação Artística; Robélia, Língua Portuguesa; Augusto, Matemática, dentre outros.
Há um dito popular que diz “Ser mãe é padecer no paraíso”. Quem sou eu para contestar essa afirmação, porém ela não se aplicou a minha adolescência, podendo ser descrita com: “Ser mãe é padecer no inferno”. Confesso que fui um rebelde sem causa aparente ou definida, porém muito dedicado a atormentar meus pais, mesmo sem querer. Vários fatos ilustraram essa fase rebelde, dentre os quais destaco: baixa freqüência escolar – ora para me encontrar com alguma beldade, cujo horário escolar conflitava; festas constantes – obviamente não importava se fosse em Salvador ou outra cidade, certa era a minha presença e da turma, esta nunca inferior a oito membros; descumprimento do horário estabelecido por meus pais para chegar em casa – há controvérsia, pois na maioria das vezes chegava cedo, quero dizer, 5 horas da manhã do dia seguinte; passeio não autorizado com o carro do meu pai – este item é demasiadamente polêmico, pois sendo herdeiro não entendia o motivo da necessidade de autorização prévia. Será que era por não ter carteira de habilitação?; Constante repetência escolar – realmente, o 2º grau é chato, haja visto que não estudamos o que nos desperta prazer: anatomia prática, talassoterapia, técnicas de negociação familiar, surf, dentre outras “disciplinas”.
Todavia, o nosso fiel e infalível companheiro, o tempo, continua a sua jornada retilínea e infinita, deixando à nossa disposição a possibilidade de refletirmos a cerca dos nossos atos, promovendo alterações no modo de pensar e agir. Pois é, havia dois anos que tinha concluído o 2º grau e ainda só queria curtir, ou seja, viajar, jogar futebol, namorar e, nada de pensar no futuro. Tudo estava ficando monótono quando resolvi viajar para São Paulo com o objetivo de trabalhar, enfim, dar um rumo à vida. Em São Paulo trabalhei em duas empresas de seguros, conheci algumas boas pessoas, namorei duas garotas excelentes, aprendi muito, porém a saudade dos meus pais, amigos e irmão foram preponderantes para retornar a Salvador.
Ao retornar a Salvador, trouxe de São Paulo uma forma diferente de enxergar a vida, ou seja, adquiri experiência, estava mais centrado nos meus objetivos e metas. Como objetivo, estava determinado a trabalhar e estudar. Como meta, adquirir independência financeira.
A vida é feita de altos e baixos; poderíamos representá-la como sendo o gráfico da função seno. Desde que retornei de São Paulo, trabalhei em, pelo menos, quatro empresas, sendo a mais gratificante o Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística – IBOPE. Porém, não tinha condições para pagar as mensalidades de uma faculdade, o grande sonho da minha vida.
Como o ser humano é altamente adaptável a qualquer circunstância, estava me adaptando à vida de trabalhador, sem perspectiva de ingressar na faculdade, nem tão pouco ser promovido. Porém, eis que surge uma possibilidade de cursar a faculdade: o PROUNI - Programa Universidade Para Todos, do governo federal. No ano de 2004, fiz a prova do ENEM, sendo contemplado com uma bolsa parcial no curso de administração com habilitação em logística na UNICENID, onde cursei um semestre. No ano de 2005, concorri a uma bolsa integral na Universidade Salvador – UNIFACS, no curso de Administração de Empresas, onde cursei um semestre, abandonando-o devido à dificuldade de conciliar um estágio em finanças com carga horária de 8 horas e o curso noturno, aliado ao desejo de formar-me engenheiro. No mesmo ano, ou seja, 2006 ganhei uma bolsa integral para cursar engenharia civil na Universidade Católica do Salvador, onde cursei três semestres. Devido o curso ser em tempo integral e, concomitantemente à minha necessidade de trabalhar, concorri a uma bolsa integral no curso de Engenharia Civil na UNIFACS, no turno da noite, onde graças a Deus, logrei êxito.
Encontro-me estudando Engenharia Civil na Universidade Salvador, fato que me traz bastante felicidade, pois conciliei o curso e a universidade que entendo serem cruciais para o meu sucesso como engenheiro civil e cidadão honrado.
Estamos nos anos 70, mais precisamente na data 29.08.1976 eis que nasceu um belo garoto negro de olhos castanhos e com 2,480kg e 0,45m, registrado com o nome de Alex de Barros Paim. Na relação sexuada é necessária a fecundação do ovo ou zigoto pelo espermatozóide e, portanto, é imprescindível as figuras do macho e da fêmea. Caro leitor, você deve está se perguntando o porquê desta aula de Biologia, não é mesmo? Porém, a justificativa é para informar os nomes dos responsáveis pelo meu nascimento, a saber: Jacinto Amorim Chagas Paim e Tânia Maria de Barros. A minha família veio a se completar quatro anos após o meu nascimento com a vinda do meu querido irmão Ivonaldo de Barros Paim.
Como todos os pais que se prezam, os meus ficaram orgulhosíssimos com a nova habilidade do filhinho aqui, claro que, com o passar do tempo, o sentimento de orgulho foi, paulatinamente, substituído pela preocupação. Como assim? Explico-lhe: A arrumação dos móveis teve que ser adaptada às minhas necessidades de espaço; nenhum objeto de valor poderia estar ao alcance da “pequena máquina destruidora” de então; necessário cuidado redobrado com os objetos que pudesse causar algum dano ao novo pedestre da família, entre outros transtornos.
O tempo foi passando e, com ele, as obrigações chegando, digo: é hora da escola. Engraçado, da escola me lembro como se fosse hoje. O nome era Parque Infantil Babylândia, localizada na rua principal do bairro Castelo Branco. O portão era amarelo, com três degraus que o antecediam. A primeira visão que tínhamos era um jardim na lateral onde ficávamos no recreio. A sala era espaçosa e decorada com vários desenhos na parede, resumindo: era muito bonita e eu me sentia muito feliz. Foi na Babylândia que meus contatos ampliaram, pois, além dos meus primos, conheci Alex Bandeira, Patrícia, Débora e muitos outros coleguinhas. Existem dois fatos marcantes dessa época: o primeiro era o momento de me arrumar para a escola, tarefa realizada por minha tia Renilda. Após 10 minutos de esfrega-esfrega no chuveiro, seguida pela fase do embranquecimento via talco, passando pela trágica colocação do short acima do umbigo, camiseta por dentro do short, do saudoso K’CHUTE, finalizando com a fase do perfume, este colocado em quase todas as partes do meu esquelético corpo. Entretanto, saliento que não era maldade da minha tia Renilda, é o jeito dela mesmo. O segundo momento marcante foi a minha formatura, fato que para mim, na época, foi mais uma festa com direito a fotografias, carinhos dos meus familiares, da professora Marilda e dos coleguinhas. Entretanto, a formatura foi um ritual de passagem e transformação, pois mudei de escola, de professora, de coleguinhas... Significou uma fase de adaptação.
A vida é cheia de desafios e, como tal, só sobrevive que tem força, garra, perspicácia e, muito apoio familiar. Realmente, precisei desses atributos para me adaptar a uma mudança ainda maior do que mudar de colégio: mudar de bairro. Após sete anos de vida morando no bairro de Castelo Branco, com todas as relações vinculadas ao mesmo, fui obrigado a morar no bairro de Vista Alegre. Tudo novo, desde colegas à namorada (ou estava pensando que eu era quietinho?). No início, a adaptação não foi fácil, porém fui me acostumando e acabei amando a mudança de ares. Com relação a escola fui estudar no Educandário Senhora de Guadalupe, simplesmente o melhor colégio do subúrbio ferroviário de Salvador, exatamente localizado no bairro de Periperi. No Guadalupe estudei da 2ª a 8ª série, fato que concede ao Guadalupe a base de minha educação. Durante esse longo período tive a honra de estudar com alguns ícones da educação, tais como Raimundo Nonato, Educação Artística; Robélia, Língua Portuguesa; Augusto, Matemática, dentre outros.
Há um dito popular que diz “Ser mãe é padecer no paraíso”. Quem sou eu para contestar essa afirmação, porém ela não se aplicou a minha adolescência, podendo ser descrita com: “Ser mãe é padecer no inferno”. Confesso que fui um rebelde sem causa aparente ou definida, porém muito dedicado a atormentar meus pais, mesmo sem querer. Vários fatos ilustraram essa fase rebelde, dentre os quais destaco: baixa freqüência escolar – ora para me encontrar com alguma beldade, cujo horário escolar conflitava; festas constantes – obviamente não importava se fosse em Salvador ou outra cidade, certa era a minha presença e da turma, esta nunca inferior a oito membros; descumprimento do horário estabelecido por meus pais para chegar em casa – há controvérsia, pois na maioria das vezes chegava cedo, quero dizer, 5 horas da manhã do dia seguinte; passeio não autorizado com o carro do meu pai – este item é demasiadamente polêmico, pois sendo herdeiro não entendia o motivo da necessidade de autorização prévia. Será que era por não ter carteira de habilitação?; Constante repetência escolar – realmente, o 2º grau é chato, haja visto que não estudamos o que nos desperta prazer: anatomia prática, talassoterapia, técnicas de negociação familiar, surf, dentre outras “disciplinas”.
Todavia, o nosso fiel e infalível companheiro, o tempo, continua a sua jornada retilínea e infinita, deixando à nossa disposição a possibilidade de refletirmos a cerca dos nossos atos, promovendo alterações no modo de pensar e agir. Pois é, havia dois anos que tinha concluído o 2º grau e ainda só queria curtir, ou seja, viajar, jogar futebol, namorar e, nada de pensar no futuro. Tudo estava ficando monótono quando resolvi viajar para São Paulo com o objetivo de trabalhar, enfim, dar um rumo à vida. Em São Paulo trabalhei em duas empresas de seguros, conheci algumas boas pessoas, namorei duas garotas excelentes, aprendi muito, porém a saudade dos meus pais, amigos e irmão foram preponderantes para retornar a Salvador.
Ao retornar a Salvador, trouxe de São Paulo uma forma diferente de enxergar a vida, ou seja, adquiri experiência, estava mais centrado nos meus objetivos e metas. Como objetivo, estava determinado a trabalhar e estudar. Como meta, adquirir independência financeira.
A vida é feita de altos e baixos; poderíamos representá-la como sendo o gráfico da função seno. Desde que retornei de São Paulo, trabalhei em, pelo menos, quatro empresas, sendo a mais gratificante o Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística – IBOPE. Porém, não tinha condições para pagar as mensalidades de uma faculdade, o grande sonho da minha vida.
Como o ser humano é altamente adaptável a qualquer circunstância, estava me adaptando à vida de trabalhador, sem perspectiva de ingressar na faculdade, nem tão pouco ser promovido. Porém, eis que surge uma possibilidade de cursar a faculdade: o PROUNI - Programa Universidade Para Todos, do governo federal. No ano de 2004, fiz a prova do ENEM, sendo contemplado com uma bolsa parcial no curso de administração com habilitação em logística na UNICENID, onde cursei um semestre. No ano de 2005, concorri a uma bolsa integral na Universidade Salvador – UNIFACS, no curso de Administração de Empresas, onde cursei um semestre, abandonando-o devido à dificuldade de conciliar um estágio em finanças com carga horária de 8 horas e o curso noturno, aliado ao desejo de formar-me engenheiro. No mesmo ano, ou seja, 2006 ganhei uma bolsa integral para cursar engenharia civil na Universidade Católica do Salvador, onde cursei três semestres. Devido o curso ser em tempo integral e, concomitantemente à minha necessidade de trabalhar, concorri a uma bolsa integral no curso de Engenharia Civil na UNIFACS, no turno da noite, onde graças a Deus, logrei êxito.
Encontro-me estudando Engenharia Civil na Universidade Salvador, fato que me traz bastante felicidade, pois conciliei o curso e a universidade que entendo serem cruciais para o meu sucesso como engenheiro civil e cidadão honrado.
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